domingo, 27 de abril de 2014

Empty as Snow.



Estou fracassando comigo mesma,
Estou olhando o teto do quarto sem ideia do porquê estou chorando.
E eu me sinto vazia.
Vazia, tão vazia quanto a neve.
Eu caí em algum momento e não me reergui.

A noite já caiu e eu estou aqui,
Sozinha em meu quarto chorando para o nada,
Ás vezes as escolhas trazem consequências,
Que escolha eu fiz?

Olhar todos ao seu redor se empenhando em algo, alguém.
Não há nada a fazer a não ser fitar o chão,
Coloquei minha mão sob meu coração.
Eu estou vazia por dentro.

Me olho no espelho procurando o que restou,
Mas eu não encontro nada,
Meu reflexo está quebrado.
Eu vejo todos andando em frente,
E eu me sinto parada no tempo.

Estou na frente do espelho dizendo que estou bem,
Sussurrei mais vez...
Mas meu reflexo me contradiz.
Me sinto fria como neve.
Vazia como neve.

E mais uma vez,
Estou chorando sozinha a noite, 
Torcendo para que eu arrume uma maneira de me erguer.
E o vazio é frio.
Estou congelando.

Porque todos se sentem bem quando me derrubam.
Mas ninguém pensa em como me sinto,
Porque todos querem me machucar.
Mas ninguém pensa em como dói.

Estou cansada de estar vazia.



Cyanide Sun.



E eu vejo seu reflexo no espelho,
Mesmo você não estando aqui.
É tudo escuro, tragado na escuridão.
Estou me contorcendo em dor 
Esperando você vir.
Estou me contorcendo em raiva 
Por depender tanto de você.

É meia noite,
E tudo está silencioso,
Seus passos ecoaram, te observei entrando.
Você é o sol da Meia Noite.
Pois você é a luz no meio desta escuridão.

Mas agora você se foi,
Tranquei meu coração com sua ida.
Deixei-o ser tragado pela escuridão.
Pois meu sol não mais me pertence.

Estou aqui em pé nesse vasto cemitério,
Observei a lápide a minha frente,
Sob esse sol cianeto me despeço de você.
Sob esse sol cianeto estou derramando minhas lágrimas.
Eu sempre vou amar o Sol da Meia Noite.