quinta-feira, 3 de outubro de 2013

1, 2, 3...


Fitava o teto sem me mexer.
Estava vazia.
Sentia as lágrimas gélidas escorrerem por meu rosto.
Doía tanto.
Olhava vidrada o teto, 
Esperando que tudo fosse um sonho, 
Mas não era.
Eu realmente havia perdido a razão.

Parecia vê-lo em minha frente,
Ergui minha mão, fechei os olhos.
Era como se ele estivesse ali, 
Abri os olhos vagarosamente e pus minha mão sobre a boca,
Abafei um soluço, e chorei mais intensamente.
Como pude me apaixonar por alguém que não existe?

Porque eu sentia que havia nascido na época errada?
Porque quando eu acordava de mais um sonho com aquilo,
Eu sentia que não pertencia a essa realidade na qual me encontrava?
Porque eu amava alguém que não existia?

Em todos os meus sonhos, todos eram com ele.
Em todos eles, a mesma época.
A mesma Era.
Porque isso acontecia?
Porque eu sonhava com alguém que não existe?
Porque eu sinto que nasci na Era errada?

Abri meus olhos rapidamente.
1, 2, 3....
Mais uma vez nada havia mudado.

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